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14.5.04
 

Contagem regressiva II

Se ela não antecipar as coisas, no domingo, dia 16 de Maio de 2004, às 18:30h, a Olívia estará em meus braços pela primeira vez.



12.5.04
 

Contagem regressiva!

Faltam apenas 4 dias!



3.5.04
 

Diário...

Ontem eu folheei uma agenda de 1999 que eu usava quando estava ainda na faculdade. Nela eu encontrei escritos de uma ingenuidade que me foi lembrando épocas muito alegres e novas da minha vida. Cada poema ou texto que eu lia me dava um prazer enorme, além é claro, daquela sensação de passado recente que você gostaria que voltasse. Meus amores estão lá, minhas responsabilidades de cada ano, minhas festas, minhas chapações, minhas tristezas, vontades, tesões, angústias e meus dias enfadonhos e meus sonhos.
Os telefones já não são os mesmos, as pessoas já não são as mesmas, muitas delas nem sei se estão vivas, se casaram, se perderam uma perna numa mina enquanto viajavam por Angola, etc.
Porém elas estão registradas lá e pra mim sempre existirão. Estou me conscientizando, cada vez mais, que as pessoas vão embora da vida mesmo. Que elas se cansam e te abandonam, e você as abandona também. Confesso que cansei de certas pessoas. Elas me tomavam muito tempo e energia. Minha cabeça ficava o tempo todo pensando numa solução pra vida delas e eu acabava esquecendo da minha. A tristeza da minha vida não é saber que essas pessoas foram, mas sim saber que muitas que estão, vão um dia. Ou porque eu vou da vida delas, ou porque elas vão da minha.
Essa consciência não veio assim tão rápido pra mim. Primeiro eu tive que aprender a lidar com a invasão de pessoas. Eu as perdi, e quase me perdi por isso. Depois eu aprendi a lidar com a invasão das pessoas em minha vida e com a possibilidade de as perder. Daí, quando eu me senti seguro novamente, fui abandonado. Aprendi a lidar com o abandono. Fui obrigado a abandonar. Abandonei e hoje, depois de ler minha agenda de 1999, senti saudades.
Muitas vezes me sinto idiota com isso. Passo por cima do meu orgulho (se é que tenho algum) e continuo fazendo questão que as pessoas continuem fazendo parte disso tudo. Porém, é difícil olhar fotos, lembrar momentos e ter a certeza – e dessa vez é certeza mesmo – que nada vai mudar por enquanto.