Ela veio nos visitar
- Oi, tudo bom?
[Não acredito!!! Até mesmo depois de ter tomado um pé na bunda da empresa você tem coragem de vir até aqui mostrar sua cara de puta e sua bunda caída pra mim? E essa cara? Continua a mesma cara de vagabunda dessas de esquina. Sabe de uma coisa? Você vai tomar uma giletada de algum traveco dia desses e esse sorriso lindo no seu rosto vai morrer. Sabe que só hoje, depois de tanto tempo, que eu reparei que você tem as pernas tortas? Tinha que ser. Pra facilitar seu trabalho. As pernas ficam mais abertas com essas envergadura. Taí, a comprovação física de que você não presta mesmo. Agora, vem aqui e me chupa. Não quero nem saber. Não tenho nem um pingo de respeito por você. Vaca!!!]
- Oi, tudo bem. E você?
- Tudo bem.
[Tudo bem...Deve estar com a xana assada de tanto dar e vem falar que ta tudo bem. Além do que você deve fazer parte do grupo de risco. Vadia.]
- Que bom.
- Deixa eu ir, tchau!
[Já ta na hora de dar? Já vai trabalhar na Augusta? Então vem aqui e começa o trabalho mas cedo. Eu te pago. Não deve ser caro. Você não presta mesmo]
- Tchau! Tudo de bom!
posted by Carlos Vidigal at 08:17
Eu sou Fulano....
Uma das coisas que eu mais odeio – e tenho que admitir que eu já fiz isso também – é ter que agüentar gente que usa a profissão pra dar carteirada nos lugares e não pagar entrada. Como vocês viram no post anterior, eu trabalhei na convenção de tatuagem como assessor de imprensa e o que mais eu ouvi durante o evento foi:
Eu sou o fulano da Folha de S. Paulo e queria entrar no evento.
Eu sou casca grossa.
- Oi, eu sou o fulano Rodrigues da Fulano de Sertãozinho (impressionante a quantidade de jornalistas com o sobrenome Rodrigues), e eu vim cobrir o evento.
- Você fez o cadastramento conosco anteriormente?
- Não.
- Então você tem que pagar.
- Mas eu vou fazer uma matéria sobre o evento.
- Em que lugar?
- Na coluna de...de...comportamento.
- Você tem um exemplar do jornal com você?
- Tenho.
- Você pode me mostrar?
- Claro.
Folheia, folheia, folheia.
- Então, não to encontrando a coluna de comportamento.
- Ah..é...que...não sai todo dia.
- Então não tenho como comprovar que existe essa coluna. Você tem carteira de jornalista ou da empresa?
- Tenho.
- Pode me mostrar?
- Claro.
Olha e na descrição da função esta escrito Designer gráfico, ou seja, peão.
- Mas você não disse que era jornalista?
- É...mas...é...
- Então...eu não posso te deixar entrar.
- Poxa, mas vocês vão barrar a imprensa? (eles sempre acham que representam a GRANDE IMPRENSA).
- Não é essa a questão, como todo bom evento, nós fazemos o cadastramento da imprensa antes do evento, para podermos dar um atendimento melhor e personalizado. Nós enviamos um e-mail pra vocês perguntando se queriam cobrir o evento e vocês não responderam. Dessa forma entendemos que vocês não estavam interessados e não mandamos fazer credenciais pra vocês. A bilheteria fica logo aqui ao lado. Qualquer dúvida sobre o evento pode me procurar. Obrigado, tchau!
Ou então, os parentes dos expositores chegam botando banca de fodão. Esses eu gosto de destruir e irritar.
- Oi, eu sou o tio do Fulano do Black sheep Tatto e eu queria entrar.
- Claro, a bilheteria fica ao lado. É só seguir...
- Não. Mas eu sou o tio do Fulano...
- Ele mandou fazer credencial pra você.
- Creio que não, eu não sei..
- Deixa eu ver...
...
- Não, não tem.
- Como não tem?
- Não tendo.
- Então manda chamar o fulano.
- Não tenho como senhor. Você não pode ligar pro celular dele?
- Não posso, eu não tenho o celular dele.
- O senhor não tem o celular do seu sobrinho?
- Olha, manda chamar o Fulano que ele conversa com você.
- Senhor, o fulano é tatuador?
- Sim.
- Então ele está ocupado tatuando alguém. Além disso, não tenho como chamar ninguém desse pavilhão nesse momento. O senhor pode esperar lá fora, ou pagar a entrada o que adiantaria seu ingresso no evento.
- Quem é o responsável aqui.
- Eu.
E ponto final.
posted by Carlos Vidigal at 13:22
Fim da semana
Essa foi uma das semanas mais atribuladas da minha vida aqui no trabalho. Tive que matar um leão por dia pra continuar vivo e manter minha integridade. Hoje eu tava a fim de encher a cara, enfiar o pé na jaca e me acabar. Mas não dá. Adivinha por que? Porque eu vou trabalhar amanhã e domingo. Mas não aqui no Submarino. Numa outra convenção de tatuagem que eu fui chamado.
Taí o endereço.
BLACK SHEEP TATTOO CONTEST
Local: Bienal do Ibirapuera
Horário: de visitação 13:00 às 23:00
Ingresso: R$ 12,00 (inteira), R$ 6,00 (estudante)
Estacionamento gratuito, acesso pelo portão 3
Rampa de acesso para deficientes
Se der, apareçam lá pra me ver, meu amigos..só assim pra eu matar a saudades de vocês.
posted by Carlos Vidigal at 17:32